Aluguel de fundos imobiliários (FIIs): como funciona?

 Isentos de Imposto de Renda, os Fundos Imobiliários são considerados, para quem nunca investiu em Renda Variável, um primeiro passo para aplicar em ações. Principalmente porque o aporte inicial pode ser a partir de R$ 100.


Além disso, os FIIs contam com profissionais qualificados para auxiliar os investidores. Diariamente, eles estudam o mercado e buscam ativos que trarão resultados interessantes com alto grau de assertividade.


E, claro, a liquidez dos FIIs é uma das vantagens em relação ao investimento direto em imóveis. Afinal, grande parte dos fundos imobiliários possuem suas cotas listadas na B3, possibilitando que os investidores vendam seus títulos para terceiros.



Por fim, os FIIs permitem que suas cotas – títulos que representam uma parcela do patrimônio total do fundo – possam ser vendidas de forma fracionada.


Na maior parte dos casos, o investidor pode comprar ou vender quantas cotas ele quiser, sem que haja uma quantidade fixa. Caso ele precise de algum dinheiro com urgência, pode vender algumas cotas na bolsa de valores com agilidade.


Por esses motivos, cada vez mais os consumidores tradicionais estão buscando novas alternativas para alocar seus investimentos nos FIIs. Mas você se como é feito o aluguel deste tipo de fundo?


Como funciona o aluguel de FIIs?

O aluguel é a operação onde as cotas de um fundo imobiliário são alugadas pelo investidor para um terceiro por um tempo determinado.


O valor a ser pago como taxa, bem como o período de vigência da transação, são acordados entre as duas partes. Depois formalizado por meio de um contrato que, muitas vezes, dura cerca de um mês.



Assim, aqueles interessados em vender um fundo imobiliário a descoberto conseguem fazer isso através do aluguel de FIIs, um resultado de curto prazo.


Já os donos das cotas que optam por cedê-las para locação querem diversificar sua carteira e veem nesta transação uma boa possibilidade.


As transações realizadas como aluguel de cotas são, sem exceção, intermediadas pela B3. Isso significa que esta relação é feita por dois investidores, a grosso modo.


Contudo, vale lembrar que é possível fazer short em FIIs (venda a descoberto) e Fundos de Investimento em Participações (FIPs). E o primeiro passo é justamente fazer o aluguel da cota.


Nesta relação há o doador e o tomador, sendo o primeiro aquele que cede as cotas para aluguel e o segundo aquele que as aluga.


quadro verde com desenho de casa e cifrão

Fundos imobiliários precisam apenas de um aporte inicial pode ser a partir de R$ 100

Tipos de Fundos Imobiliários

Para entender como alugar Fundos Imobiliários, é preciso saber que existem diversos tipos de fundos disponíveis no mercado.


Na B3, por exemplo, são listados cerca de 144 fundos que podem ser operados via home broker. Conheça os principais:


1 – Fundos de Renda

Conhecido como Fundos de Tijolo, os Fundos de Renda são aqueles focados em comprar empreendimentos para depois lucrar com o fluxo de locações.


Os principais segmentos que os Fundos de Renda costumam investir são shoppings, galpões logísticos, lajes comerciais, imóveis residenciais, hotéis e agências bancárias.


Neste tipo de fundo, a vacância é um dos principais riscos, já que, quanto mais vazio o imóvel estiver, menos aluguéis o fundo recebe.


2 – Fundos de Desenvolvimento

Os Fundos de Desenvolvimento têm como objetivo investir em imóveis em construção para depois lucrar com a venda desses empreendimentos.


Nestes casos, é importante ressaltar que há a possibilidade de a obra atrasar ou de o valor de venda esperado não ser atingido, impactando na rentabilidade do fundo.


3 – Fundos de Recebíveis Imobiliários

Os Fundos de Recebíveis Imobiliários são aqueles que investem em papéis, principalmente em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), com o objetivo de captar recursos financeiros para o mercado imobiliário.


Os papéis são emitidos por empresas securitizadoras para financiar projetos imobiliários – que podem ser indexados por índices de preços, como o IPCA, ou pela inflação.


O rendimento desses fundos está ligado ao rendimento desses papéis e a valorização de suas cotas, além de estarem sujeitos a um risco de inadimplência por parte dos emissores.


4 – Fundos de Fundos

Os Fundos de Fundos investem em outros fundos com a intenção de construir uma carteira mista composta por diversos ativos, como empreendimentos imobiliários, títulos e papéis mobiliários, ações do setor imobiliário, entre outros.


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Quais as vantagens do aluguel de FIIs?

Nesta relação, assim como as demais no mercado financeiro, a ideia é que todos tenham vantagem de alguma forma. Portanto, veja as vantagens para os doadores e tomadores.


1 – Vantagens para doador

Para aquele que disponibiliza a cota para aluguel, a principal vantagem está no fato de que ele passará a receber o valor acordado com o tomador, pelo período em que o acordo continuar.


Assim ele diversifica sua carteira e passa a ter alguma renda com uma aplicação que, de outra forma, ficaria parada.


2 – E para o tomador

Enquanto isso, o tomador obterá ganhos apenas com as variações no valor deste ativo, operando vendido.


Isso significa que o tomador irá alugar essa cota, vendê-la por um preço vantajoso, recomprá-la por um valor mais baixo e devolver a cota, ficando com o lucro desta operação.


Outro benefício desta estratégia é ajudar aqueles que precisam ter mais votos em assembleia para poder decidir um ponto importante para a empresa.


O risco desta transação fica para o tomador, que pode ter prejuízo em vez de lucro. Isso porque a devolução da cota ou do seu valor correspondente será feita de forma automática.